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ABDON FELINTO MILANEZ

 

Abdon Felinto Milanez nasceu no município de Areia, Paraíba, a 10 de agosto de 1858. Como músico, escreveu peças como “Heróis à força”, “Barbeirinho de Sevilha”, “A chave do inferno”, “Bico de papagaio”, “Fada azul”, “La reine du tango”, “Mosca azul”, “Dama de espada” e outras operetas de beleza melódica e realce dramático. Faleceu o insigne músico paraibano no Rio de janeiro a 1º de abril de 1927.

Descendente de família ilustre do Brejo paraibano, com ascendência luso-italiana, e de grande prestígio político, Abdon logo cedo se transferiu para o Rio de Janeiro, tendo cursado Medicina na Faculdade de Medicina e Engenharia na Escola Politécnica, formando-se como engenheiro civil em 1880. Não fez estudos regulares de música, tendo-se iniciado no piano tardiamente. Em sua fase de estudante, compôs polcas e valsas, publicadas pela Casa Bevilacqua.

Vida política
Foi deputado provincial de 1880 a 1881 e senador durante a Primeira República, entre 1894 a 1902.

Vida artística
Compositor, pianista, teatrólogoIniciou sua carreira artística como compositor teatral. Escrevia operetas e revistas representadas com sucesso nos teatros Santos;Ana, Lucinda, Apolo, Fênix etc. Sua primeira obra, a opereta “Donzela Teodora”, com libreto de Arthur Azevedo, estreou em março de 1886 no Teatro” San Ana” . Musicou ainda as peças “A loteria do amor”, de Coelho Neto, “O bico do papagaio”, de Eduardo Garrido, e “A chave do inferno”, de Castro Lopes, todas com muito sucesso. Embora não possuísse formação tradicional como compositor, escreveu a ópera “Primizie”, em um ato, com libreto de Heitor Malagutti, que estreou em 1904, no Rio de Janeiro, tendo sido novamente encenada em 1921, no Teatro Municipal.Compôs ainda o “Hino da abolição”, a “Marcha da imprensa”, para orquestra e coros, e ainda músicas sacras-missas, te-déums, ladainhas, etc, que eram geralmente executadas na igreja da Cruz dos Militares. Em 1916, substituiu o compositor Alberto Nepomuceno na direção da Escola Nacional de Música, cargo que exerceu até aposentar-se em 1922. Em sua gestão, foi terminada a construção do prédio da Rua do Passeio, tendo sido inaugurado em 1922 o Salão Leopoldo Miguez, uma das mais importantes salas de concertos do país, conhecida pela excelência de sua acústica. Inspirado na Sala Gaveau de Paris, seu interior é decorado com afrescos de Antônio Parreiras e Carlos Oswald. Em 1923, assumiu a direção o Prof. Alfredo Fertin de Vasconcelos, que criou a orquestra do Instituto, cujo principal regente em seus primeiros anos foi o Maestro Francisco Braga. Além de partituras para operetas e revistas, compôs marchas, valsas, quadrilhas, lundus, entre outros gêneros populares. Em 1927, ano de sua morte, o barítono Roberto Vilmar gravou para a Odeon seu tango canção “Ai!”.Composições:

- A chave do inferno
– A loteria do amor
– A princesa flor
– Ai!
– Comeu!
– Donzela Teodora
– Herói à força
– Hino da abolição
– Hino do Estado da Paraíba (música)
– Marcha da imprensa
– Mosca azul
– O bico do papagaio
– Primizie
– Zé-povinho

Curiosidades
- Seu nome consta da página genealógica da família Milanese como sendo um dos primeiros expoentes da família no Brasil.
– Foi o compositor da letra do Hino da´Paraíba.
– Foi sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico da  Paraíba (IHGP) em 1905.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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