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INSTRUMENTOS MUSICAIS BRASILEIRO

 

 

 

 

 

 

 

Músicas com ritmos intensos, animados e que exigem muita ginga… Esse é o resultado da mistura que deu origem aos ritmos afro-brasileiros. Sem dúvida nenhuma essa é uma mistura que deu certo!

A música africana tem algumas peculiaridades interessantes como, por exemplo, a repetição como princípio organizativo e também a polifonia, ou seja, tipo de música que tem duas ou mais partes ou vozes soando de forma simultânea. Isto confere à musica qualidade comunicativa diferenciada de qualquer ritmo.

É claro que tudo isso só é atingido através do uso de instrumento que dão o ritmo certo e agora vamos conhecer um pouco sobre a classificação dos instrumentos e quais são eles…

Classificação dos instrumentos

Existem várias formas de classificar os instrumentos, uma delas considera os materiais utilizados na construção: madeira, barro, couro e assim sucessivamente. É dessa forma que se classificam as orquestras ocidentais, com as famílias de sopro divididas em madeiras e metais. Muitas especialistas consideram que esta forma de classificação é falha, pois classifica como madeiras as flautas e saxofones metálicos e nestes instrumentos a origem do som é bem semelhante.

Por isso, em 1914, surgiu um sistema completo, embora complicado, conhecido como sistema Hornbostel-Sachs. Este sistema classifica as famílias de instrumentos segundo o elemento que vibra e produz o som. De acordo com esta classificação as famílias são denominadas: idiofones – autorressonantes, principalmente os corpos sólidos; membranofones – ressonantes de membrana, ou couro; aerofones – ressonantes de ar. Uma quinta família foi acrescentada nos últimos anos, os eletrofones – circuitos oscilantes eletrônicos.

Instrumentos afro-brasileiros

Afoxé: instrumento do tipo idiofone, tradicional do Brasil, mas de origem africana, constituído por uma cabaça rodeada por miçangas (que podem ser de materiais diversos), ligadas por uma espécie de rede. Quando o executante as raspa contra a superfície da cabaça, produz o seu som característico. O afoxé moderno tem uma configuração e materiais diferentes da tradicional tornando-se mesmo mais resistente do que as cabaças naturais.

Agogô: instrumento do tipo idiofone, também de origem africana, que é constituído por duas campânulas de metal, percutidas por uma vareta do mesmo metal. O agogô de metal é utilizado nas danças de origem africana e similares, como capoeira e candomblé, por exemplo.

Atabaque: é um instrumento musical de percussão. O nome é de origem árabe – at-tabaq, ou “prato”. É formado por um tambor cilíndrico, com uma das bocas coberta de couro. Para tocá-lo usa-se as mãos com as mãos, com duas baquetas. É usado em kits de percussão em ritmos brasileiros, tais como o samba e o axé music. No candomblé é considerado objeto sagrado.

Berimbau: um instrumento de corda, de origem angolana, este instrumento chegou ao Brasil através dos escravos angolanos. Um dos primeiros registros de um berimbau no Brasil foi realizado na alfândega do porto de Santos, em 1739. É o instrumeno principal da tradicional capoeira. Normalmente é tocado por mestres ou capoeiras mais antigos, ele é utilizado para comandar as rodas, estabelecendo o ritmo das músicas e do jogo. O berimbau, junto com o canto do mestre, também dá a senha para o início e fim da brincadeira. Atualmente a arte de tocar o berimbau é utilizada inclusive para mostrar o conhecimento do capoeira, como tem sido muito discutido nesses dias.

Pandeiro: é um instrumento musical de percussão com rodelas duplas de metal enfiadas em intervalos ao redor de um aro de madeira. Pode ser tocado de forma a produzir som contínuo ou percutido com a palma da mão e os dedos. Muito difundido e utilizado por diversos povos, o pandeiro é considerado um instrumento muito antigo, encontrado na Índia e até junto aos egípcios em 1700 a.C., com função de instrumento marcador de ritmo e acompanhamento.

Reco-reco: instrumento idiófono, que produz som por atrito. A forma mais comum é constituída de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira com talhos transversais. A fricção de um pauzinho sobre os talhos produz um som de raspagem. Outro tipo é o chamado amelê baiano, constituído de uma pequena caixa de madeira com uma mola de aço estendida, quando a mola é friccionada por tampinhas de garrafa enfiadas em uma vareta de ferro.

 

Curiosidades:

Acompanhando a tradição da capoeira, na Bahia, o berimbau sempre foi um souvenir típico do Estado, vendido em grande escala aos turistas, só que estes são bem mais coloridos e enfeitados do que os que realmente são utilizados nas rodas de capoeira

 

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